Em que se levantem milhares de vozes de protesto contra a reencarnação, INRI CRISTO é o mesmo CRISTO que crucificaram. Há dois mil anos, a decisão de crucificá-lo deu-se porque, dizendo ser o Filho de DEUS, pregava ideias revolucionárias que contrariavam os interesses dos doutores das sinagogas, dos fariseus, dos súditos de César, dos sacerdotes e outros que formavam o Conselho do Sinédrio.
Judeu determinado, de índole austera e profundo conhecedor da lei de DEUS, cala-se perante aqueles que o acusam, inquietando Pilatos, que o interroga: “Não respondes coisa alguma? Vê de quantas coisas te acusam!” (Mateus c.27 v.13 e 14). “Eu não encontro nele crime algum” (João c.19 v.6), defende-o Pilatos, irritando os príncipes dos sacerdotes: “Nós temos uma lei, ele deve morrer porque se fez Filho de DEUS” (João c.19 v.7). (…) “Não me falas? Não sabes que tenho poder para te soltar e também para te crucificar?” (João c.19 v.10), pergunta-lhe Pilatos, ao que ouviu: “Tu não terias poder algum sobre mim se não te fosse dado do alto” (João c. 19 v.11). Sabia CRISTO que todo aquele processo que culminaria na crucificação era necessário, porque, logo adiante, no retorno do espírito à matéria, passado o tempo da reprovação, vislumbraria a glória de seu PAI, SENHOR e DEUS.
Julgar INRI CRISTO tendo por critério os parâmetros convencionais estabelecidos pela sociedade terrestre é, no mínimo, um grande equívoco, porque ele não decidiu ser CRISTO, ele o é. O livre arbítrio – a vontade própria – não lhe é inerente; portanto, não é inventor da sua história. Seu cérebro recebe e obedece comandos da mais elevada hierarquia espiritual à qual ainda não temos alcance – DEUS. Seu corpo, revestido dos profundos mistérios da genética divina, prodígio que perturba e desafia os mais argutos raciocínios, lhe confere os atributos de Filho de DEUS e Filho do Homem, único ser encarnado que tem as condições biofísicas e espirituais de incorporar o espírito do Supremo SENHOR do Universo. Eis o enigma a ser decifrado: o homem primordial, na Bíblia denominado “Adão”, “criado à imagem e semelhança de DEUS” (Gênesis c.1 v.26 e c.5 v.1), e CRISTO são a mesma pessoa em tempos diferentes. Para assimilação de tão singular e inquietadora abordagem, torna-se necessário questionar os valores impostos por uma sociedade sustentada no materialismo e admitir a existência de enigmas entre o céu e a terra que transcendem nossa limitada capacidade de compreensão.
Se INRI CRISTO fosse simplesmente um gênio ou um iluminado que tem o atrevimento de se autoproclamar CRISTO, como alguns argumentam, ele estaria fadado ao fracasso, pois, sem o respaldo da legitimidade e a proteção de seu PAI, SENHOR e DEUS, não teria conseguido sobrepujar incólume as tempestades de acusações, calúnias, difamações, conspirações, prisões, etc. Os pilatos desta geração julgaram e condenaram INRI CRISTO por falsidade ideológica. Escudados nos seus gabinetes, decretaram-lhe sentenças, confiscaram-lhe os documentos com o agravante de não cumprirem a básica formalidade jurídica de interrogar o acusado face a face e ouvir o que ele tem a dizer, infringindo inclusive o código internacional da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que, no seu art. 11, reza: “(1) Toda pessoa acusada de ato delituoso é presumida inocente, até que sua culpabilidade tenha sido legalmente estabelecida em processo público, no qual todas as garantias necessárias à defesa lhe tenham sido asseguradas”. Nesse particular, o julgador de há dois mil anos foi menos perverso. Pilatos, apesar de covarde porque temia a investida das procelas humanas que uivavam: “Crucifique! Crucifique!”, cumpriu com o seu dever de interrogar CRISTO e declarar publicamente não encontrar nele crime algum. Mesmo ante o protesto dos sacerdotes da época, escreveu: INRI (Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum). Diziam: “Não escrevas Rei dos Judeus, mas o que ele disse: ‘Eu sou o Rei dos Judeus’”. Respondeu Pilatos: “O que escrevi, escrevi” (João c. 19 v.21 e 22).
As Sagradas Escrituras anunciam os sinais que precedem a volta de Cristo: guerras, rumores de guerras, reino contra reino, nação contra nação, terremotos, fomes, pestilências… apenas o princípio das dores. Somam-se a isso os insucessos dos governos, a angústia dos povos, a insegurança social, a progressiva e irreversível instalação do caos, prenúncio da inevitável hecatombe nuclear. Muitos se perguntam: onde estará Cristo? Terá ele falhado em sua promessa de voltar quando todas essas coisas acontecessem? Terá DEUS se esquecido dos homens?
Nas últimas décadas, o surgimento de inúmeras seitas e religiões, “cristos” e “profetas”, tem contribuído para que INRI CRISTO seja visto com reservas, desconfiança e incredulidade. É mister que se estabeleçam critérios racionais para diferenciar o falso do verdadeiro. DEUS jamais confundiria o povo permitindo que o rosto, o porte físico, a linguagem, a autoridade, a sabedoria superior, os ensinamentos, a forma de ser e de se vestir, os mistérios exclusivos de seu Filho fossem atributos de um falso profeta.
A resposta elucidativa de como se daria a segunda vinda de CRISTO, prenunciada há dois mil anos, não foi dada nem pelos interpretadores das Sagradas Escrituras, nem pelos cientistas e nem mesmo pela ficção. A verdade fundamental da religião cristã é a reencarnação, mas, ao longo da história do cristianismo, foi atropelada, substituída pelo dogma. A concepção arraigada no transcurso dos séculos de que CRISTO ressuscitou fisicamente só poderia ser anulada se fosse possível restabelecer materialmente a verdade histórica sobre o desaparecimento do corpo do sepulcro (“Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram” – João c.20 v.2).
Nos Evangelhos, as testemunhas oculares não foram explícitas, mantendo essa questão obscura; a sutileza das descrições, quiçá propositalmente manipuladas, levam a tropeçar em interpretações confusas, grosseiras e fantasiosas. Por isso, em nome das crenças alienantes, INRI CRISTO é, a priori, desacreditado, contestado, hostilizado, boicotado nos meios de comunicação, cumprindo-se o que está previsto em Lucas c.17 v.25 a 35: “Mas primeiro é necessário que ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração… Assim como foi nos dias de Noé, assim será quando vier o Filho do Homem”. Sobreviver às adversidades desde o ano l979, quando da revelação de sua verdadeira identidade no jejum em Santiago do Chile, e persistir em sua difícil trajetória, dizendo: “Eu sou CRISTO”, para quem não se deixa enganar por desvarios, sendo honesto intelectualmente, há de concluir que estes sinais exteriorizam sua autenticidade.
Fonte: livro DESPERTADOR EXPLOSIVO.