Perguntas do jornalista Pedro Barros Costa
– Como foi o momento específico da revelação de que encarnava Jesus Cristo?
INRI CRISTO: “Em resumo, após passar por uma série de “coincidências” insólitas desde que recebi ordem de sair do Brasil em 1978, as circunstâncias me levaram ao jejum em uma casa de pedra em Puente Alto, Santiago do Chile, onde tive a revelação de minha identidade… A casa localizava-se numa região afastada, longe das turbulências da cidade grande, de onde era possível avistar as Cordilheiras dos Andes. Eu estava lá, olhava para as paredes, janelas, e nada… as horas demoravam a passar. Nenhuma luz se abriu no céu, nenhum anjo apareceu pra contar história, não houve ficção cinematográfica; havia somente o silêncio, um profundo silêncio, prenunciando o choque de realidade que veio a seguir. Sendo a primeira vez que jejuava, ignorava a necessidade de ingerir água, ou seja, ‘jejuei a seco’. Os líquidos se esvaiam de meu corpo através da urina… Estava em vias de um processo de inanição. Ao declinar a noite do terceiro dia de jejum, de repente, aquela voz disse, desta vez mais forte e imperiosa do que nunca: ‘LEVANTA-TE!’ Ao levantar, mareei porque no jejum o sangue demora subir à cabeça. Minhas mãos não me ampararam, bambearam para trás. Meus braços não me sustentaram e caí com o nariz no chão, como podeis ver até hoje a cicatriz resultante da queda. Então, em meio a uma poça de sangue, a voz disse: ‘As dores são necessárias, o sangue é necessário para que, quando te insultarem e reprovarem, te lembres que é o mesmo sangue que derramaste na cruz. Eu sou o DEUS de Abraão, de Isaac e de Jacob, Eu sou teu SENHOR e DEUS, e tu és o meu Filho, o mesmo Cristo que crucificaram. E doravante caminharás sobre a Terra como um peregrino errante. Serás prisioneiro, expulso, humilhado, odiado. Pagarás para dormir e não te deixarão dormir, tua túnica estará suja e não terás quem a lave, muitos rirão e debocharão de ti para que conheças bem os corações de teus filhos, que são o teu povo. É a reprovação que te espera. Mas Eu serei contigo.’ (“… Mas primeiro é necessário que ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração. Assim como foi nos tempos de Noé, assim será também quando vier o Filho do Homem…” – Lucas c.17 v.25 a 35). Então Ele revelou o mistério do meu nome, que é INRI, o nome que paguei com meu sangue na cruz há dois mil anos. Até então a segunda letra estava providencialmente em sentido contrário, Iuri, o nome que adotei em 1969 quando recebi ordem de iniciar a vida pública (Iuri ≠ Inri). E o SENHOR desvendou, como se fosse na tela de um filme, todo o meu passado, os estágios das anteriores encarnações. Eu que vos falo sou o Primogênito de DEUS, Adão, que reencarnei como Noé, Abraão, Moisés, David, etc., depois como Jesus e agora como INRI. A partir desse momento tudo mudou pra mim, aos poucos o SENHOR foi mostrando e pude compreender todas as experiências a que Ele me submetera, os vislumbres do além e momentos de transcendência que vivi antes do jejum, mas, obediente à imperiosa ordem dEle, não podia comentar com ninguém… A partir de então tudo ficou claro e passei a caminhar sobre a Terra consciente de minha real condição.” (Vide foto da Casa de Pedra onde INRI CRISTO jejuou ao lado).
– Nunca duvidou da sua crença de que realmente é a encarnação de Jesus?
INRI CRISTO: “Impossível porque não creio, eu sei. Primeiro que eu não creio que sou Jesus, até porque Jesus é um nome obsoleto; eu sou INRI. Jesus é o nome que eu usava há dois mil anos. Os que creem podem descrer, mas quem sabe não deixa de saber. E eu jamais basearia a minha vida numa crença. Fui ateu durante muitos anos antes da revelação. Só me mantenho cumprindo a minha missão há mais de 30 anos porque eu SEI. Meu PAI me revelou. Não foi uma voz qualquer. Foi uma voz poderosa que no jejum se revelou e revelou quem sou. Então não é uma questão de crença, e sim do saber. Meus discípulos não creem que sou Cristo; eles sabem quem sou. Por isso não há perigo de procederem igual a Judas Iscariotes, que acreditava de manhã e à tarde me traiu”.
– Tem uma congregação onde a maior parte das suas seguidoras são mulheres. Como explica esse fenómeno? É uma seita?
INRI CRISTO: “A SOUST não é uma congregação nem uma seita, e sim uma escola mística e filosófica onde ensino o caminho da liberdade consciencial. A maioria dos que vivem aqui o regime eclesiástico são mulheres porque pra ser meu discípulo é necessário estar desvinculado de qualquer compromisso no mundo, e a maioria dos homens que me encontram já são compromissados, são chefes de família. O que já não é o caso dos discípulos ecléticos, que praticam meus ensinamentos em qualquer parte do mundo. Além disso, as mulheres têm o dom da intuição. Se por acaso as mulheres têm mais sede de liberdade, mais mulheres se acercam de mim. Só os homens inteligentes, sapientes, é que apreciam a liberdade consciencial, amam ser livres, mas é um número menor. Isso é uma questão metafísica, não depende de mim. Depende das leis da natureza. Então não posso culpar nem ser culpado se alguém masculino não vê e alguém feminino vê, se alguém masculino não tem sede de liberdade consciencial e alguém feminino tem. Aqueles que têm sede, homens e mulheres, vêm a mim; e não é só os que estão comigo aqui. No mundo inteiro é assim. As pessoas que tem vontade de ser livres, de fazer como ensinei a rezar no quarto com a porta fechada (“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, ora a teu PAI Celeste. Em segredo Ele vê o que se passa e te abençoa” – Mateus c.6 v.6) sem ser escravos de nenhuma religião, esses vêm a mim. Como já disse há dois mil anos, o Reino de DEUS não vem com aparência exterior (“O Reino de DEUS não vem com aparato… porque o Reino de DEUS está entre vós” – Lucas c.17 v.20 e 21). Em cada cidade no mundo inteiro existe alguém que se tornou uma sucursal do Reino de DEUS, porque aprendeu a rezar no quarto com a porta fechada, tornando-se um luminoso templo do SENHOR. E é isso o que ensino até hoje”.
– Qual é a sua relação com a Igreja Católica? Pensam que é uma fraude?
INRI CRISTO: “Desde que meu PAI declarou-a proscrita por ocasião do Ato Libertário em 28/02/1982 e ratificou a proscrição* no interior da Basílica de Pedro quando estive no Vaticano em 24/09/1983, nada mais tenho a declarar a não ser que ela é a madona do Apocalipse c.17. Quanto ao que eles pensam de mim, eu não penso deles; eu sei deles”.
P.S.) Eis as palavras que o ALTÍSSIMO proferiu pela boca de INRI CRISTO na ocasião: “Seque, árvore enferma, seque! Seque para que a boa árvore que eu plantei viceje e me dê, e aos meus filhos, os frutos que tu me negas!”
Quando o SENHOR menciona a boa árvore, Ele se refere à SOUST.
– Porque foi expulso de vários países? Tratou-se de um caso de intolerância religiosa?
INRI CRISTO: “Matou a charada. À exceção da Inglaterra, que tem um outro motivo que me foi revelado a posteriori…”
– Já esteve em Portugal. Onde esteve e como foi recebido?
INRI CRISTO: “A primeira vez que estive em Portugal em 1980 fui muito bem recebido, tenho uma sublime lembrança da praça do Rossio, onde falei ao povo e dava pra escutar até uma mosca voar, tamanho era o silêncio que eles faziam pra me ouvir. Fui anunciado pelo jornal O Dia, e então se reuniu uma grande massa de pessoas bem educadas que vieram ao meu encontro. A segunda vez foi em 2001, fui convidado pela SIC através do produtor Paulo Chitas, eu e meu séquito, e falei várias horas no programa Noites Marcianas”.
