Terra: o grande zoológico
O amor sincero, o desapego e a idolatria aos animais
Sacrifícios a DEUS e holocausto messiânico
Assim falou INRI CRISTO:
“Das culminâncias do Infinito Reino de meu PAI, SENHOR e DEUS, ONIPRESENTE, Ele vê todos os seres que se movem sobre a terra como animais, como seres integrantes do grande zoológico criado e animado por Ele. Todavia, aos seres humanos o CRIADOR concedeu a consciência, o raciocínio, e o espírito elevou-se à alma, consequentemente encontram-se num estágio evolutivo mais elevado, tendo poder sobre os animais, que por sua vez são desprovidos desses atributos místicos.
Os animais são animados pelo sopro divino como todos os seres que se movem sobre a terra, porém, ainda não evoluíram ao status de alma. Por isso, quando o ser humano comporta-se como um ser bestial e momentaneamente deixa aflorar o instinto primitivo, diz-se que ele é um desalmado, ou seja, é um animal bestial disfarçado de humano.
Posso vos falar com autoridade da minha ancianidade, porque sou o Primata mais antigo e passei por todos os estágios evolutivos até transcender à condição humana. Meu PAI revelou que os animais transmitiram ao homem primitivo as primeiras noções de alimentação, habitação e diversas habilidades. Mas nem por isso significa que devessem ser adorados, idolatrados, como sucedeu ao escaravelho no Egito, ao elefante e à vaca na Índia… Atualmente assim procedem em relação a cães, gatos e outros animais de estimação. Os seres humanos devem sim respeitar os animais, apreciar a ternura que eles transmitem uma vez que vivem em estado de pureza, todavia, jamais devem se olvidar que tudo o que agrada aos olhos e ao coração faz parte do contexto da criação divina.
Tenho presenciado constantemente os seres humanos declarando amor aos animais de estimação: ‘Ah, eu amo tanto o meu cachorrinho!’ Porém, quando o mesmo é diagnosticado com câncer, vitimado por um acidente ou acometido por uma enfermidade incurável, em nome do falso amor e do egoísmo, preferem ver o animalzinho ir e voltar da clínica veterinária, passar por processos dolorosos, sofrendo continuamente por dias, meses e até anos, arrastando-se sobre duas patas e até esbarrando cego nas paredes… ao invés de permitir-lhes descansar em paz.
Quando os animais de estimação tornam-se aleijados, enfermos, incapazes de levar uma vida normal, uma das formas mais sutis de crueldade é prolongar-lhes a vida artificialmente, obrigando-os a sobreviver em condições lastimáveis. Os seres humanos que assim procedem por ignorar as leis naturais acabam contraindo dívida carmática, uma vez que tudo o que fizeres que faz mal a ti ou a outrem é pecado; tudo que fizeres que não faz mal a ti nem aos outros não é pecado. Nesses casos, conceder aos animais a misericordioso benefício da eutanásia a fim de amenizar o sofrimento, além de uma questão de verdadeiro amor, a eutanásia é uma medida de racionalidade. Ao contrário, será egoísmo, maldade disfarçada de amor, embutida na obstinada ignorância da lei divina.
É mister salientar que os animais não têm projeto de vida, não tem dívida carmática, não têm conscientes compromissos sociais, não seguem calendário, não carecem sustentar família. Eles não precisam se preocupar com o tilintar do relógio, morrem sem saber o que é a morte uma vez que não são iludidos, manipulados por embustólogos, falcatruólogos, engodólogos, que se dizem teólogos. Na natureza selvagem, seus últimos momentos não são perturbados por cerimônias incômodas ou funerais onerosos, tampouco se movem gananciosos processos em volta de seus testamentos. Quando o animal passa pelos cuidados de um veterinário para receber a eutanásia, ele não sabe o que isso significa, nem se retornará ou não para casa. E vos alerto: os veterinários conscienciosos sabem que vários métodos de protelação são verdadeiras aberrações, torturas, porém, precisam continuar exercendo a profissão, são obrigados a submeter-se ao esquema vigente até para não serem discriminados, marginalizados ou acusados de incompetentes.
No caso dos animais de estimação que contraem câncer, isso acontece por uma razão metafísica, transcendental. O câncer é detonado quando o ser humano sofre um baque, uma tristeza muito grande, uma derrota social, amorosa, pessoal; nessa circunstância a corrente da vida fica à mercê de um curto-circuito, levando o indivíduo a adoecer. Tendo um animal de estimação, o câncer recai sobre o bichinho, pois o animal é sensível e acaba absorvendo as energias negativas que causariam o câncer no dono. Como reza o dito popular: ‘A corda arrebenta sempre na ponta mais fraca’. Quando isso acontece, eis mais um motivo para ter compaixão e conceder misericordiosamente ao animal o alívio da eutanásia, num passamento indolor.
Todos os seres viventes que se movem sobre a Terra são animados pelo sopro divino, pela luminosa energia do Eterno SENHOR da Vida. Portanto, conceder o benefício da eutanásia a animais enfermos ou aleijados significa apenas que a energia cósmica que os move voltará para a Origem, facultando-lhes a graça do descanso na eternidade. E a Origem qual é? DEUS. Os antigos, quando cometiam um pecado, um ato falho, faziam sacrifícios de animais como forma de expiação e assim sentir-se em dia com o ALTÍSSIMO, com a lei divina expressa no código mosaico. Eles só não sabiam que o ato do sacrifício significava tão somente devolver as energias do animal para DEUS, apenas isso. E tinham que escolher sempre o melhor animal para oferecer ao SENHOR, pois justo aquele impacto visual e psíquico de saber que estava dando o melhor iria produzir o efeito da bênção no plano físico, neurometafísico. Eis o significado cabalístico da orientação bíblica: ‘Quando alguém de vós oferecer ao SENHOR uma hóstia de quadrúpedes, isto é, quando oferecer vítimas de bois e de ovelhas, se a sua oferta for um holocausto, e este da manada, oferecerá um macho sem defeito à porta do tabernáculo do testemunho, para que o SENHOR lhe seja propicio’ (Levítico c.1 v.1-4) / ‘Dá ao ALTÍSSIMO segundo o que Ele te tem dado, e oferece-Lhe com ânimo generoso, segundo as tuas posses; porque o SENHOR é remunerador, e te recompensará de tudo sete vezes mais. Não Lhe ofereças donativos defeituosos, porque não os receberá’ (Eclesiástico c.35 v.12 a 14). Não é que DEUS estivesse rejeitando os animais defeituosos, até porque o defeito não é culpa ou pecado deles, e sim que oferecer um animal defeituoso para DEUS não causa o mesmo impacto neurometafísico aos olhos do ofertante e, portanto, não produz o mesmo efeito de bênção, deu pra entender? Os animais defeituosos até podiam ser sacrificados, só não como oferenda para DEUS.
Quando entreguei meu corpo em holocausto há dois mil anos, estava de uma só vez resgatando os pecados da humanidade para que cessasse esta sinistra forma de saldar débitos com a lei divina. Desde então tornou-se ilícito aos olhos do SENHOR o ritual do sacrifício e ninguém mais oferece animais para DEUS em holocausto, pelo menos ninguém que seja racional. Só os ignorantes continuam matando animais e ofertando a supostas divindades. “Quero a misericórdia, não o sacrifício”, significa que através do arrependimento o pecador pode obter o perdão dos pecados, situar-se bem diante do SENHOR e, através da conscientização, começar uma nova vida.
Enfim, meus filhos, exorto-vos uma vez mais: tende compaixão com vossos animais em nome do amor, lembrando sempre que amar é dar tudo sem nada exigir em troca. Cuidai de vossos animais de estimação, e quando preciso for, concedei-lhes retornar ao regaço do PAI, onde não há sofrimento e a paz é infinita.”
Brasília, 23 de agosto de 2015.