Primeira vez em Belém – maio de 1981

Em 1981, partindo de Salvador munido dos recursos que os franceses lhe cederam, INRI deu início à peregrinação pelo Brasil, pois haveria de percorrer todas as capitais e principais cidades brasileiras antes de fundar a SOUST. Sempre falando ao povo nas praças públicas, rádios e televisões, anunciava o porvir da humanidade, exortando seus filhos a trilhar o caminho da Luz e concedendo a bênção de seu PAI, SENHOR e DEUS.

Após percorrer todas as capitais do Nordeste brasileiro, em maio de 1981 chegou pela primeira vez a Belém do Pará. Pressionado pela restrição econômica, hospedou-se num singelo hotel chamado Santa Alice, bem no centro da cidade. Ali findaram-se os recursos oriundos da França. Obediente à ordem de seu PAI, INRI postou-se em frente ao hotel, onde foi abordado por uma repórter evangélica, que fez a primeira divulgação sobre INRI em Belém. A partir de então, INRI passou a ser entrevistado por jornalistas no alojamento onde se hospedava. Nesse vaivém, muitos vinham ao seu encontro a fim de pedir uma bênção. Dentre essas pessoas estava Guiomar Lopes de Sousa, que viria a se tornar sua primeira discípula, Abeverê. O SENHOR estava preparando a cidade sem que INRI soubesse que ali seria o palco da divina revolução.

Estas fotos foram registradas pelo jornal A Província do Pará e cedidas ao MÉPIC – Movimento Eclético Pró INRI CRISTO.

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INRI no hotel Santa Alice, situado na rua P. Eutíquio nº 646, no centro de Belém, onde começou seu contato com a mídia local. Nessa época, em maio de 1981, recém chegado da França, INRI havia completado 33 anos. Percebe-se em sua face que estava fadigado de tanto responder perguntas dos jornalistas.

Quando INRI desocupou este quarto, o proprietário do hotel, Nazareno José Dias, declarou que por um ano não permitiu que fosse ocupado, uma vez que do lugar emanava um perfume de rosas.

INRI na TV Guajará

INRI foi convidado pelo produtor Alamar Régis Carvalho, da TV Guajará, canal quatro de Belém, a falar no programa do Elói Santos. Na época, essa televisão pertencia a uma família de políticos e era dirigida por uma mulher chamada Conceição Guimarães. O programa havia organizado um comitê constituído de doutores, psicólogos, psiquiatras, ortopedistas, neurologistas, esoteristas, etc., a fim de examinar um paralítico que trouxeram, na infrutífera tentativa de desmascarar INRI, desafiando-o se seria ou não capaz de curá-lo.

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O paralítico foi interrogado pelos cientistas ao vivo, diante das câmeras de TV. Depois de examiná-lo, o apresentador Elói Santos perguntou: “INRI poderá fazê-lo andar?” Os doutores entreolharam-se e, com debochado riso de desdém, disseram: “É lógico que não!” Colocaram o paralítico à frente de INRI, que invocou seu PAI, colocou a mão na cabeça do penitente e disse: “Levanta-te! Anda!” Ao ouvir as contundentes palavras emanadas de CRISTO, o paralítico largou a muleta e saiu andando.

Os doutores, julgando o acontecido, expeliram ódio pelos olhos, por todos os poros, exceto um neurologista que permaneceu meditativo e coerente ao lado da verdade. Ante as câmeras de televisão, um ortopedista disse ao paralítico que se ele não voltasse a usar a muleta seria cancelada sua pensão do INPS. O infeliz, para não perder o direito aos proventos e evitar perseguições, permitiu que o fotografassem no dia seguinte com a muleta. Foi um dos atos mais mesquinhos presenciados por INRI ao peregrinar sobre a terra.

O povo viu o momento em que INRI fez o paralítico andar e passou a segui-lo em busca de novos milagres. No hotel Santa Alice, INRI não teve mais sossego; era preciso andar escondido até no porta-malas dos veículos para ir de uma casa a outra. Quando descobriam onde estava, juntava-se uma multidão exultando: “Queremos ver CRISTO!” Trancavam o trânsito e o dono da casa onde INRI estivesse pedia-lhe que saísse. Assim sucedeu em vários lugares enquanto INRI permaneceu em Belém.

O apresentador Elói Santos perguntou aos doutores se INRI seria capaz de curar o paralítico. O ceticismo dos presentes foi quebrado quando o inválido deu os primeiros passos. Obviamente, por se tratar de um fenômeno sem explicação nos parâmetros convencionais da ciência, só podia ser qualificado de loucura. No registro do paralítico dando os primeiros passos, o semblante transparecia uma mescla de surpresa e felicidade.

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Muitos enxergam em Cristo um mero operador de milagres. Na realidade, Cristo é um espírito antigo com avançada visão de humanidade e elevado magnetismo pessoal. Como bem observou o historiador Will Durant:

“Cristo não era destituído de intelecto; respondia às capciosas questões dos fariseus com habilidade, mas também com sabedoria. Ninguém conseguiu confundi-lo. Mas sua força não era a intelectual, não era a que depende do conhecimento, e sim a que deriva da agudeza de percepção, da intensidade do sentimento, da unidade de propósito. Cristo não proclamava sua onisciência, podia ser surpreendido pelos eventos; unicamente a honestidade e o entusiasmo o levavam a “errar para mais”. Mas que apesar disso seus poderes eram excepcionais, provam-no os milagres que realizou. Talvez que em muitos casos tais milagres fossem consequência da sugestão – a influência de um espírito forte e confiante sobre almas impressionáveis. A presença de Cristo já era em si um tônico; ao seu toque otimista os fracos sentiam-se fortes e os doentes melhoravam… A natureza psicológica do milagre transparece em dois pontos: Cristo não atribuía a cura a si próprio e sim à “fé” dos que ele curava; e não pôde fazer milagre em Nazaré porque lá o povo o via simplesmente como o filho do carpinteiro e recusava-se a acreditar em seus poderes excepcionais. Daí a observação de que “ninguém é profeta em sua terra e em sua casa”… No caso da filha de Jairo, declarou francamente que a moça não estava morta e sim dormindo – talvez em estado cataléptico. No ato de chamá-la ele não o fez em um amável convite, mas com império: “Menina, levanta-te!” Isto não quer dizer que Cristo considerasse seus milagres fenômenos naturais; sua ideia estava em que só podia fazer aquilo com ajuda do espírito divino”.

* A História da Civilização – César e Cristo, Editora Record.

Assim como há dois mil anos, INRI jamais atribuiu qualquer milagre a si mesmo, senão unicamente à manifestação veemente e viva de seu PAI, SENHOR e DEUS. “As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o PAI, que está em mim, esse é que faz as obras” (João c.14 v.10).

Fonte: livro DESPERTADOR EXPLOSIVO – Volume 1.

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