Conheça o camelo

Se alguma vez você duvidou da existência de Deus, conheça um projeto extremamente técnico e de construção complexa: o camelo dromedário.

Quando estou com fome, como qualquer coisa que encontro – uma correia de couro, um pedaço de corda, o tenda do meu dono, ou até um par de sapatos.

Minha boca é extremamente grossa por dentro e nem mesmo um pedaço de cacto chega a incomodar. Mas o que eu gosto mesmo é de comer grama e outras plantas que crescem no deserto na Arábia.

Sou um camelo, um dromedário, mais exatamente. Vivo nos desertos do Oriente Médio. Meu nome científico é Camelus dromedarius, de modo que você pode me chamar de uma forma ou de outra, que não me incomodo. Tenho um primo chamado Camelus bactrianus e muitas pessoas nos confundem. Eu só tenho uma corcova. Meu primo é que tem duas.

Minha corcova, que chega a pesar trinta e seis quilos, contém gordura, o combustível para meu organismo, e não água, como algumas pessoas imagina. Meu Poderoso Criador me deu essa corcova, pois sabia que nem sempre eu conseguiria encontrar vegetação para comer ao atravessar os desertos. Quando não encontro nada para comer, meu organismo automaticamente consome a gordura que está armazenada na corcova, alimenta meu corpo e eu continuo forte e posso caminhar. A corcova é meu suprimento de energia de emergência.

Se eu não conseguir encontrar nada para comer, meu corpo vai consumindo a gordura que está na corcova, até que ela fica murcha e começa a cair para um dos lados do meu corpo. No entanto, assim que chego a um oásis e começo a comer novamente, rapidamente a corcova volta à forma normal.

Sou famoso porque consigo beber quase cem litros de água em apenas dez minutos. Meu Projetista criou-me de uma forma tão fantástica que em questão de minutos toda a água que bebo chega aos bilhões de células microscópicas que formam meu corpo.

Logicamente, a água em que bebo, vai primeiro para meu estômago. Ali, os vasos sanguíneos sedentos absorvem e transportam rapidamente essa água para todo meu corpo. Alguns cientistas fizeram uma verificação no meu estômago dez minutos após eu beber setenta litros de água e constataram que estava totalmente vazio.

Em um dia inteiro de caminhada, consigo carregar uma carga de 180 kg por quase 150 quilômetros, atravessando um deserto seco, sem parar um minuto para beber ou comer coisa alguma. Na verdade, consigo ficar até oito dias inteiros sem beber água, mas então fico realmente esgotado.

Perco mais de 100 kg e fico magérrimo, no osso e na pele. Mesmo assim, ainda me agüento em pé! Emagreço porque bilhões de células no meu corpo perdem água e ficam sem gordura.

Normalmente, meu sangue contém 94% de água, exatamente como o seu. No entanto, quando não encontro água para beber, o calor do sol gradualmente me faz perder um pouco da água do meu sangue. Os cientistas descobriram que meu sangue pode perder até 40% da água, e mesmo assim continuo saudável. Somente para você ter uma idéia, se um ser humano perder 5% da água no sangue, a visão fica comprometida; se a perda for de 10%, a pessoa enlouquece; com 12%, o sangue fica tão espesso que o coração não consegue bombeá-lo mais e pára. Você morre.

No entanto, isso não acontece comigo. Por quê? Os cientistas dizem que meu sangue é diferente. Meus glóbulos vermelhos são alongados, e não arredondados, como no ser humano. Talvez seja isso que faça a diferença.

Isso prova que fui projetado especificamente para o deserto, ou o deserto foi criado para mim. Alguma vez você já ouviu falar que pode existir um projeto sem que exista o projetista?

Quando encontro água, bebo sem parar por quase dez minutos e meu corpo magro começa a mudar quase imediatamente. Perco a magreza e recupero os 100 quilos que perdi.

Embora eu perca muita água no deserto, meu corpo a conserva da melhor maneira possível. Quando meu inteligente Engenheiro me projetou, ele me deu um nariz que poupa água. Quando expiro, meu nariz retém toda a umidade do ar que sai dos meus pulmões e absorve essa água nas membranas nasais.

Os vasos sanguíneos nessas membranas absorvem a umidade e devolve essa água para o sangue. É uma espécie de sistema de reprocessamento, como se diz na engenharia. Muito interessante, não acha? Ele só funciona porque meu nariz tem uma temperatura inferior a do corpo. Meu nariz transforma a umidade do ar que sai dos meus pulmões em água novamente.

Mas, como meu nariz é mais frio? Respiro o ar quente e seco do deserto e ele passa pelos meus orifícios nasais umedecidos. Isso produz um efeito de resfriamento e a temperatura no interior do meu nariz fica vários graus abaixo da temperatura do resto do corpo.

Gosto de percorrer as belas dunas de areia. Na verdade, acho o trabalho fácil, pois meu Criador me deu pés especialmente projetados para caminhar no deserto. Minhas patas são bem largas e ficam ainda mais largas quando eu piso.

Cada um dos meus pés tem dois longos dedos revestidos de um couro bem grosso. Minhas solas são almofadadas. Elas não permitem que eu afunde na areia macia. Isso é bom, pois freqüentemente meu dono quer que eu o carregue por mais de cento e cinqüenta quilômetros, atravessando o deserto em apenas um dia. (Caminho em um ritmo de aproximadamente quinze quilômetros por hora).

Algumas vezes, uma grande tempestade de areia acontece no deserto e ergue muita poeira no ar. Meu Projetista colocou músculos especiais nas entradas das minhas narinas, que fecham as aberturas nasais, mantendo a areia fora do meu nariz, mas ainda permitindo a passagem do ar para os pulmões.

Minhas pálpebras descem sobre meus olhos como telas, protegendo-me da areia e do sol, mas ainda permitindo que eu veja claramente. Se um grão de areia conseguir passar e entrar no meu olho, o Criador previu isso também, e me deu um colírio interno que automaticamente remove a areia dos meus olhos.

Algumas pessoas acham que sou orgulhoso só porque sempre ando com minha cabeça bem erguida e meu nariz empinado, mas isso é por causa da forma como fui criado. Minhas pestanas são tão espessas e grandes que preciso manter minha cabeça bem erguida para conseguir ver de cima para baixo. Estou contente com elas, pois protegem meus olhos da luz excessiva do sol.

Os povos do deserto dependem de mim para muitas coisas. Não apenas sou a melhor forma de transporte para eles, mas também sirvo como fonte de alimento. A dona Camelo produz leite muito rico em gordura que as pessoas usam para produzir manteiga e queijo. Eu troco minha pelugem uma vez por ano e ela pode ser usada para produzir tecido e roupas. Alguns camelos jovens também são usados para a produção de carne, mas não gosto de falar sobre esse assunto.

Por muito tempo, os camelos foram chamados de “navios do deserto” por causa do modo como balançamos de um lado para outro quando caminhamos. Algumas pessoas que montam sentem enjôos quando não estão acostumadas.

Balanço de um lado para outro ao caminhar por causa da forma como minhas pernas funcionam. Ambas as pernas de um lado movem-se para frente ao mesmo tempo, elevando aquele lado. Meu movimento “esquerdo, direito, esquerdo, direito” dá à pessoa que está montada a impressão que está em uma cadeira de balanço, mas que se move nas laterais.

Quando eu tinha seis meses de idade, uma joelheira especial começou a crescer nas minhas pernas dianteiras. O Criador sabia que eu precisaria delas. Elas me ajudam a levantar meu corpo de 450 kg do chão. Se eu não as tivesse, rapidamente meus joelhos ficariam feridos ou inflamados e eu teria dificuldade para me abaixar. Talvez até morresse de cansaço.

É difícil para eu compreender por que algumas pessoas dizem que evolui de alguma outra forma para o que sou hoje. Sou um dromedário – uma criatura de constituição muita complexa e técnica. Criaturas como eu, não aparecem do nada. Elas são planejadas em uma prancheta por Alguém muito brilhante, de uma mente muito lógica.

João 1:1 diz, “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” O Verbo aqui significa “o Ser lógico e inteligente”.

O verso 3 diz, “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez”.

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