Assim falou INRI CRISTO:
“Eu sou da paz. Sou emissário do PAI e da paz. A hora em que eu assistir, na mídia nacional, a fabulosa notícia de que o governo promoveu uma brilhante campanha e cumpriu o dever de desarmar todos os profissionais do crime, a hora em que o último desses profissionais entregar a última arma ao governo e a mídia mostrar os tratores passando sobre as armas entregues, então sim exortarei os meus filhos, os homens de bem, a não vender as armas para o governo, e sim doá-las em gratidão ao relevante serviço prestado pelo Estado a favor da segurança e da paz. Mas enquanto os profissionais do crime possuem suas armas, legais ou ilegais, por que os cidadãos de bem deveriam ficar desarmados, desprotegidos, expostos à ação dos delinqüentes? Se a Constituição prevê direitos iguais para todos, por que os bandidos tem direito à arma e o governo se empenha em desarmar a população?
O governo alega que os cidadãos de bem não devem possuir armas porque os bandidos irão roubá-las e as mesmas passarão a integrar o arsenal do crime. Por acaso não seria dever do Estado proteger os cidadãos de bem justo para que nem eles, nem suas armas fossem roubadas? No entanto, o que se observa é uma incongruência, um descalabro, uma inversão de valores. Senão, vejamos pois: quem adquire uma arma legalmente, além de pagar caro tanto a arma como o imposto, ainda tem que assumir a culpa pela incompetência do governo em propiciar segurança. E o governo, por sua vez, na senda da inversão de valores, ao invés de utilizar o dinheiro dos impostos em segurança, gasta-o para comprar as armas da população e depois destruí-las.
O governo deveria, isso sim, facilitar o porte de arma para as pessoas com atestado de probidade. Já cansei de ver caminhoneiros encurralados nos postos de gasolina, amedrontados por estarem à mercê de ser assaltados a qualquer momento, afinal os profissionais do crime sabiam que eles estavam desarmados. Certa ocasião,ouvi um relato triste de um caminhoneiro de Criciúma – SC, que foi seqüestrado a bordo de seu caminhão, amarrado numa árvore sem água nem comida, teve o veículo roubado e só 24 horas depois o cidadão foi encontrado e saiu ao léu procurando ajuda. Isso foi apenas o caso de uma vítima que sentiu necessidade de me relatar… Por essa e por outras considero que pelo menos o caminhoneiro, o trabalhador honesto, o lutador deveria ter o escudo propiciado pelo benefício da dúvida; ou seja, o profissional do crime não pode ter a certeza de que a pretensa vítima está desarmada.
O assaltante não pode estar seguro de que vai entrar na casa do cidadão de bem e cometer crimes sem encontrar resistência; pelo menos a dúvida há de permanecer: “Será que nessa casa tem alguém armado ou não?” A pergunta óbvia a ser feita aos promotores do desarmamento é: se numa rua há 100 casas e os proprietários de 30% delas estão desarmados, sabendo o bandido quais são essas casas, em quais delas ele se atreverá a entrar? Quanto mais se tiver a certeza de que todas estão desguarnecidas! É uma questão de matemática básica, meus filhos! Se o governo continuar gastando o dinheiro do erário para promover o desarmamento da população (dinheiro este que poderia ser investido em segurança, saúde, educação), estará passando atestado de irracionalidade e subserviência às escórias humanas disfarçadas sob a máscara de paladinos das causas justas”.